Caros alunos e professores, vamos viajar no gênero?
A palavra “epistolar” pode até ser desconhecida para seus alunos, mas é difícil encontrarmos alguém vivendo em sociedade que não faça uso desse tipo de texto, ainda que não saiba classificá-lo dessa forma. Desde a Antiguidade, pessoas escrevem umas para outras; algumas fazem isso todos os dias. O que mudou foi o formato, o meio portador da mensagem, o comportamento com o texto e, também, o tempo gasto até a mensagem chegar ao seu interlocutor (das semanas ou até meses das cartas de antigamente à chegada quase imediata de um e-mail). Até mesmo os limites de intimidade e confidencialidade foram alterados substancialmente ao longo dos tempos.
Podemos, em síntese, compreender por epistolar cartas, bilhetes, convites e cartões, além dos e-mails, que são cartas eletrônicas. Histórica e mais teoricamente, os prólogos e as epístolas religiosas também integram o conjunto desse gênero de texto, pois podem ser entendidos como formas de comunicação que estabelecem um diálogo à distância entre duas ou mais pessoas por meio da linguagem escrita.
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Os primeiros documentos em forma de carta
“Epístola” é uma palavra que vem do grego e quer dizer mensagem. Na esfera educacional, chamamos de epistolar todo texto escrito em forma de carta, bilhete, cartão ou telegrama. Escritores, políticos, cientistas e artistas escreveram várias cartas, que, muitas vezes, por causa da importância de seus autores, adquiriram um valor histórico imenso. Por meio do estudo dessas missivas é possível compreender comportamentos, atitudes, cenários e contextos históricos de uma época e, até mesmo, o processo de criação e pesquisa de muitas personalidades, que se revelam por intermédio de suas correspondências com amigos ou parentes.
Algumas dessas cartas se tornaram famosas pelo seu conteúdo. Por exemplo, o Brasil foi dado a ser conhecido ao mundo por meio da famosa Carta do Descobrimento, enviada ao rei de Portugal por Pero Vaz Caminha, escrivão da esquadra de Pedro Álvares Cabral. Essa correspondência tornou-se um documento de importância histórica para brasileiros e portugueses. Mas há, também, cartas políticas, cartas de amor, cartas da prisão, cartas de viajantes etc.
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Vamos escrever uma carta?
Em nosso projeto, utilizaremos as cartas. É bastante provável que na sua turma não seja possível encontrar sequer um aluno que já tenha escrito uma carta… E será preciso apresentar o gênero à turma. Certamente os livros didáticos e paradidáticos trazem planos de aula e explicações didáticas sobre o gênero; portanto, neste projeto, nosso principal objetivo é estabelecer um pequeno diálogo com você e sua turma, trazendo à sua classe algumas dicas importantes para a confecção da carta que nosso projeto tem como objetivo e desafio.
Por se tratar de uma conversa, a carta pode ser particular, comercial ou oficial, além de apresentar outras modalidades. Os alunos serão convidados a escreverem cartas sociais, ou seja, falarão de questões pessoais, ainda que de interesse coletivo.
Tudo que se aprende na escola precisa ganhar o mundo, sair da sala de aula, já que o conhecimento só faz sentido quando tem seu uso social garantido. É o caso do gênero epistolar, que este projeto pretende trabalhar. Serão aprendizagens que trarão desafios aos seus alunos, com uma proposta de trabalho colaborativo e reflexões sobre o uso social do gênero.
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Caderno do professor
O caderno serve de orientação para o professor, com explicações sobre o gênero literário epistolar (cartas) e com a discussão de alguns conceitos que envolvem o tema biodiversidade. Neste são recomendadas atividades para realizar em sala de aula, que se encaixam na dinâmica desse projeto. Os interessados podem visualizar e baixar sua versão digital aqui.